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Doenças Reconhecidas por Lei para Receber Auxílio-Doença: Conheça Seus Direitos

O auxílio-doença é um benefício concedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos segurados que, por motivo de doença ou acidente, ficam temporariamente incapazes de trabalhar. No entanto, nem todas as doenças exigem o cumprimento do período de carência de 12 meses de contribuição para que o segurado tenha direito ao benefício. Existem algumas doenças graves que, por sua natureza, são reconhecidas por lei como exceções a essa regra. Conhecer essas doenças e os direitos associados é essencial para quem precisa solicitar o auxílio-doença.

O Que É Carência e Quem Está Isento?

A carência é o número mínimo de contribuições mensais que o segurado precisa ter pago ao INSS para ter direito a determinados benefícios. No caso do auxílio-doença, a regra geral exige 12 meses de contribuição. Contudo, para algumas doenças graves especificadas em lei, essa exigência é dispensada. Isso significa que, ao ser diagnosticado com uma dessas doenças, o segurado pode solicitar o benefício mesmo que não tenha cumprido o período de carência.

Doenças Reconhecidas por Lei

A legislação brasileira, através da Lei nº 8.213/91, artigo 151, e outras normas complementares, reconhece as seguintes doenças como isentas do período de carência para concessão do auxílio-doença:

  1. Tuberculose Ativa
  2. HansenÍase (Lepra)
  3. Alienação Mental
  4. Neoplasia Maligna (Câncer)
  5. Cegueira
  6. Paralisia Irreversível e Incapacitante
  7. Cardiopatia Grave
  8. Doença de Parkinson
  9. Espondiloartrose Anquilosante
  10. Nefropatia Grave
  11. Estado Avançado da Doença de Paget (Osteíte Deformante)
  12. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS)
  13. Contaminação por Radiação, com base em conclusão da medicina especializada

Como Solicitar o Auxílio-Doença para Essas Doenças

1. Obtenha Diagnóstico Médico

O primeiro passo é obter um diagnóstico médico detalhado que comprove a existência da doença. Este diagnóstico deve ser emitido por um profissional de saúde competente e deve conter informações sobre a gravidade da doença e a incapacidade para o trabalho.

2. Reúna a Documentação Necessária

Além do diagnóstico médico, reúna outros documentos essenciais, como:

  • Documento de identificação com foto (RG ou CNH).
  • CPF.
  • Carteira de Trabalho ou outro documento que comprove a contribuição ao INSS.
  • Exames complementares e laudos médicos que corroboram o diagnóstico.

3. Solicite o Benefício no Meu INSS

A solicitação do auxílio-doença deve ser feita através do site ou aplicativo Meu INSS, ou pelo telefone 135. Siga os passos:

  • Acesse sua conta no Meu INSS (se não tiver, será necessário criar uma).
  • Clique em “Agendamentos/Requerimentos”.
  • Selecione “Novo Requerimento”.
  • Escolha a opção “Benefícios por Incapacidade” e, em seguida, “Auxílio-Doença”.
  • Preencha as informações solicitadas e agende a perícia médica.

4. Realize a Perícia Médica

No dia agendado, compareça ao local indicado com todos os documentos e exames médicos. A perícia é realizada por um médico do INSS, que avaliará a incapacidade para o trabalho e a gravidade da doença.

5. Acompanhe o Processo

Acompanhe o andamento do pedido através do Meu INSS ou pelo telefone 135. O resultado da perícia e a concessão do benefício serão informados nesses canais.

Direito à Prorrogação do Benefício

Caso a incapacidade para o trabalho persista após o término do período inicial concedido pelo auxílio-doença, o segurado pode solicitar a prorrogação do benefício. Para isso, deve agendar uma nova perícia médica antes do término do auxílio original.

Conclusão

Ter conhecimento sobre as doenças reconhecidas por lei que isentam o segurado do período de carência para receber o auxílio-doença é fundamental para garantir seus direitos. Se você ou alguém que conhece foi diagnosticado com uma dessas doenças graves, é importante seguir os procedimentos adequados para solicitar o benefício, garantindo o suporte financeiro necessário durante o período de incapacidade para o trabalho.

Mantenha-se informado e busque sempre orientação profissional quando necessário, para assegurar que todos os seus direitos sejam respeitados e que você possa enfrentar esse momento com mais segurança e tranquilidade.

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